Deslocamentos
Foto: Paulo Caldas
Estação Pinacoteca, São Paulo - 2017
sinopse
Deslocamentos são partituras coreográficas constituídas por várias combinações de corpos acoplados por figurinos (duetos, quarteto e sexteto). Ao se movimentarem, geram figuras híbridas, sem classificação pré-estabelecida e que podem, ao mesmo tempo, vir a ser homem e mulher, vivo e morto, dentro e fora, figura e fundo – corpos informes (sem forma), em trânsito entre deformações (sucessão de movimentos) e transformações (sucessão de formas).
Corpos que podem ser uma reflexão sobre como o poder os afeta na contemporaneidade, por exemplo, através da biopolítica. Quais seriam as possíveis maneiras de os mesmos exprimirem uma potência própria, resistindo às formas vindas de fora e que se impõem ao dentro, para lhes imprimir uma “alma”?
Deslocamentos são partituras coreográficas constituídas por várias combinações de corpos acoplados por figurinos (duetos, quarteto e sexteto). Ao se movimentarem, geram figuras híbridas, sem classificação pré-estabelecida e que podem, ao mesmo tempo, vir a ser homem e mulher, vivo e morto, dentro e fora, figura e fundo – corpos informes (sem forma), em trânsito entre deformações (sucessão de movimentos) e transformações (sucessão de formas).
Corpos que podem ser uma reflexão sobre como o poder os afeta na contemporaneidade, por exemplo, através da biopolítica. Quais seriam as possíveis maneiras de os mesmos exprimirem uma potência própria, resistindo às formas vindas de fora e que se impõem ao dentro, para lhes imprimir uma “alma”?
sobre a criação
Deslocamentos é um trabalho que atravessa anos da carreira de Marta Soares. Foram mais de três versões realizadas, em distintos espaços que comoveram as coreografias se transformarem, e demarcou 8 anos de investigação da artista.
Bruno Levorin foi Dramaturgista nas duas últimas edições apresentadas na Oficina Cultural Oswald de Andrade e na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Deslocamentos é um trabalho que atravessa anos da carreira de Marta Soares. Foram mais de três versões realizadas, em distintos espaços que comoveram as coreografias se transformarem, e demarcou 8 anos de investigação da artista.
Bruno Levorin foi Dramaturgista nas duas últimas edições apresentadas na Oficina Cultural Oswald de Andrade e na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Concepção, Coreografia e Direção: Marta Soares Assistência de Direção: Danielli Mende Dramaturgia: Bruno Levorin Intérpretes: Carolina Callegaro, Josefa Pereira, Lia Mandelsberg, Mariana Molinos, Mariza Virgolino, Matina Sarantopoulos Primeiro Elenco Intérpretes Criadoras: Carolina, Isabel Ramos Monteiro, Martina Sarantopoulos, Natália Mendonça, Patrícia Bergantin, Talita Florêncio Figurinos: Ozenir Ancelmo Fotos – João Caldas Produção Executiva: CAIS Produção Cultural Produtores: José Renato Fonseca de Almeida e Beto de Faria.
Foto: Paulo Caldas
Mais informações sobre a coreógrafa: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa205904/marta-soares
Foto: Paulo Caldas
São Paulo - 2017
São Paulo - 2017
A sensação que cada montanha carrega consigo depois que nasce.
Poema escrito especialmente para a peça
Bruno Levorin, Julho de 2017.
O vale interroga a faltaPoema escrito especialmente para a peça
Bruno Levorin, Julho de 2017.
- Vale?
- Falta
Juntos decifram um dos caminhos
Aquilo que sobra é margem
Um diz ao outro tudo isso que resta de um no outro
(O olhar espremido do mundo é uma máquina que rasga mais de 1 milhão de imagens)
Tudo um
Um corpo que inventa sexo
Uma criatura cheia
Protuberante
Axial
Uma criatura cheia
Protuberante
Axial
- Justo agora que o país sofreu um derrame
- Justo agora
(Aquilo que parece se completar, distrai)
A invenção é uma arma carregada de esperança diz a falta
Embaixo de cada roupa há sempre mais de uma vontade
Fora, sussurro estranho e familiar
Estranho
Familiar
Estranho
Familiar
Estranho
Familiar
Bem me quer
Mal me vale